Pix internacional poderá ter parceria com Uruguai, Equador, Colômbia e Chile, diz Banco Central
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou nesta segunda-feira que está articulando a internacionalização do Pix com Uruguai, Colômbia, Chile e Equador. A ideia é formar um "bloco" de pagamento instantâneo na América Latina, com infraestrutura nos moldes do PIX, segundo o chefe da autarquia monetária.
— Estamos olhando em como fazer o Pix internacional. Alguns países da América Latina já estão discutindo com a gente como eles vão adotar o PIX. Achamos que vai ter um bloco. Você viaja entre os países e faz o pagamento automático. Assim, se resolve o problema do pagamento transfronteiriço. Estamos trabalhando com Uruguai, Colômbia e Equador. O Chile também nos procurou —disse em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.
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Ainda segundo Campos Neto, as discussões sobre “moeda única” não seriam necessárias com a eventual estruturação de um modelo de pagamento instantâneo entre os países da América Latina.
— Acho que isso é uma forma de unificar o bloco, sem necessidade de falar em termos de moeda. Se a gente tem um pagamento instantâneo, já unificado, nós já fazemos o trabalho de pagamento transfronteiriço — afirmou.
Moeda digital
O presidente do Banco Central também anunciou para o próximo mês o lançamento de um “piloto” do real digital, que surgiu com a premissa de “fomentar novos negócios”, segundo Campos Neto. Desde dezembro de 2021, o BC trabalha com o setor privado em um espécie de “laboratório” com projetos para a versão virtual da moeda brasileira.
— No mês que vem já vamos ter um piloto funcionando. Um piloto da moeda digital. O Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo e vamos avançar com o piloto, na medida em que garantirmos a segurança (do modelo). A ideia é ter algo funcionando no máximo no final de 2024 — pontuou.