Polícia investiga se anestesista preso invadiu cirurgia para estuprar paciente
Preso nesta segunda-feira (16), o médico passaria pela audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17). À polícia, ele confessou os crimes
Anestesista foi preso por estuprar pelo menos duas pacientes sedadas durante cirurgias;
Polícia investiga se ele invadiu cirurgia para cometer abusos;
À polícia, ele confessou os crimes.
A Polícia Civil está investigando se o anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, preso por estupro de vulnerável e investigado por exploração sexual infantil, invadiu uma cirurgia para cometer um dos abusos.
Preso nesta segunda-feira (16), o médico passaria pela audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17). À polícia, ele confessou os crimes.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo de sindicância contra o médico anestesista.
O portal g1 teve acesso ao prontuário do Hospital Estadual dos Lagos. Naquela unidade, em Saquarema, no dia 5 de fevereiro de 2021, Andres estuprou uma mulher que se submeteu a um procedimento para retirada de útero.
Segundo um ofício à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), a direção do hospital informou que o médico estava escalado naquele dia para anestesiar dois pacientes do sexo masculino no centro cirúrgico.
Na ocasião, outros cinco pacientes, incluindo a mulher que seria abusada, estavam sob responsabilidade de uma outra anestesista.
“Apesar desta ‘responsabilidade oficial’, é comum a substituição dos profissionais durante o ato operatório, por diversas razões, podendo Andres ter participado de qualquer dos procedimentos anestésicos nos sete pacientes”, informou a direção.
Agora, a Dcav quer saber, se houve uma troca para que Andres atendesse a mulher que acabou estuprando ou se o colombiano invadiu a sala de cirurgia para esse fim.
Para investigar o caso, a outra anestesista e demais funcionários do Hospital dos Lagos serão chamados para prestarem depoimento.
O médico colombiano, admitiu à polícia, tanto ter abusado das pacientes quanto ter armazenado pornografia infantil.
“O declarante não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, narra o termo de declaração.
No entanto, segundo relato, Andres afirmou “que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.
O anestesista informou que não contou com a participação de outras pessoas “para esfregar seu pênis nas pacientes”.
Ainda à polícia, Andres declarou “que aguardava a melhor hora e aproveitava”.