O cantor Harry Styles levou a estatueta do Grammy de álbum do ano, a principal categoria da premiação, considerado o evento mais importante da indústria da música. O que também chamou atenção, no entanto, foi um trecho de seu discurso de vitória, onde o artista diz: “Isso não acontece para pessoas como eu com muita frequência. Muito obrigado”.

Parte do público recebeu a frase de Harry com certo mal-estar, já que a premiação é conhecida por privilegiar artistas homens, brancos e cis - o caso de Styles.

Vale lembrar que na mesma categoria concorria o álbum "Renaissance" de Beyoncé, a mais cotada para o prêmio, e também os trabalhos lançados por Adele, Lizzo e Bad Bunny. "A triste vida do homem branco, padrão que se apoia em causa social pra atrair público. Deixa de ser falso homem e vai usar sua calcinha bege", criticou um internauta.

Paula Lima, cantora brasileira, comentou: "Desconcertante. Foi horrível o que se viu, e ouviu". Até o New York Post comentou sobre Beyoncé perder o AOTY para Harry Styles. "Como Beyoncé ainda não tem um gramofone de AOTY depois de quatro indicações, quando ela já deveria ter pelo menos dois?"

Não é a primeira vez que a premiação é criticada por escantear artistas que fogem de um certo padrão. A própria Beyoncé, inclusive, já desabafou em uma música com Jay-Z sobre o evento: "Mande o Grammy se f***** com essa merda de 8 nomeações e 0 vitórias", cantam em "Apeshit".

Em 2020, até a ex-presidente do Grammy, Deborah Dugan, acusou a Academia de Gravação, cujos membros fazem as escolhas dos vencedores do prêmio, por uma série de denúncias: