Prefeitura de SP adota internação involuntária para usuários de crack
Resumo da notícia
Prefeitura de São Paulo está internando usuários de crack de forma involuntária
Parentes e médico devem autorizar internação
Até o momento, foram feitas 28 internações involuntárias de dependentes químicos
A prefeitura de São Paulo está adotando o método de internação involuntária como alternativa para tratamento de usuários de crack. A informação foi revelada pela Rádio Bandeirantes.
É a primeira vez em que o poder municipal usa essa estratégia desde a permissão, por lei, promulgada em 2019.
Para a internação involuntária, é preciso que haja autorização de alguém da família do usuário e também o aval de um médico. Dessa forma, o dependente químico não precisa concordar com a internação.
À Rádio Bandeirantes, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) afirmou que serão montadas estruturas exclusivas para usuários de crack que serão internados de forma involuntária. Assim, parentes e médicos poderão assinar a autorização.
“Nós temos o protocolo. Os médicos que fazem esse atendimento, nosso pessoal da assistência social, com os nossos psicólogos e também toda a estrutura com relação para poder ter os leitos. A prefeitura e o governo de São Paulo estão custeando isso na busca da pessoa poder se desintoxicar e se livrar do crack. É nessas situações onde os familiares solicitam e verificam que o familiar não tem outra alternativa a não ser tratamento médico”, declarou.
Desde que a Cracolândia se instalou na Praça Princesa Isabel, em abril deste ano, foram internados 28 dependentes químicos de maneira involuntária. Os pacientes foram levados para unidades de terapia ou hospitais da prefeitura de São Paulo.
“Observamos que tem muitos familiares principalmente mães que têm ido muito a Cracolândia buscar seus filhos. A internação involuntária é quando os parentes decidem que querem fazer a internação da pessoa e tem pessoas que estão em uma situação médica muito complicada. Tem que ter avaliação médica e nós temos toda a estrutura para atender bem essas pessoas para ajudar que elas se curem e saiam desse vício terrível que é o crack”, disse Nunes.