Presença de usuários de crack no metrô de Paris aumenta e preocupa para Olimpíada de 2024

AFP - GEOFFROY VAN DER HASSELT

A cerca de 500 dias da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, os jornais Le Figaro e Le Parisien trazem reportagens nesta terça-feira (28) sobre as medidas em estudo para reduzir a delinquência e o tráfico de drogas na região parisiense. Em Paris, o número de usuários de crack voltou a aumentar, principalmente nas estações de metrô do norte da capital, apesar de um plano lançado em 2018 pelas autoridades, que não deu os resultados esperados.

Os metroviários da empresa RATP e usuários do transporte público reclamam do ambiente crescente de insegurança. Le Parisien relata que patrulhas da polícia, feitas em parceria com agentes de segurança de empresas privadas, circulam nas estações das linhas 7, 9 e 12 do metrô parisiense, para deter os dependentes ou retirá-los das plataformas. Entretanto, um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas, que avaliou as causas do fracasso do plano anticrack de Paris, nota que um público novo de toxicômanos se instalou na zona norte da capital.

O número de pessoas sem teto na rede de metrô e de trens de subúrbio parisiense (RER) aumentou 18%, segundo associações que prestam ajuda a essa população carente. As brigas entre os sem teto, que são perturbados pelos drogados, são frequentes.

A linha 12, que passa pelo 18° distrito de Paris, onde fica o bairro turístico de Montmartre, é a mais delicada. Às 19h, os dependentes de crack se instalam no chão e nas escadarias das estações da região para consumir droga em meio aos usuários do transporte.


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