Os três homens presos nesta quinta-feira por capturar uma preguiça no Parque Lage, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, doparam o animal para conseguir levá-lo da mata escondido numa mochila. Segundo a polícia, Johnny de Souza Aurélio, Afonso Ferreira Silva e Tiago Junio Moreira da Silva deram à preguiça um medicamento usado para tratamento de transtornos de ansiedade. Um dos suspeitos contou, em depoimento na 14ª DP (Leblon), que não é a primeira vez que capturam animais silvestres. Vídeos encontrados no celular de um dos presos mostram o trio na mata da Zona Sul, andando em trilhas à caça de animais.

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O trio foi preso depois que policiais do Lagoa Presente desconfiaram dos três na saída do Parque. Na mochila, eles carregavam a pequena preguiça. Levavam com eles também o remédio usado para dopar o animal.

Segundo Camila Lourenço, delegada assistente da 14ª DP, um dos suspeitos admitiu, em depoimento, que eles já capturaram outros animais, como macacos-prego, aves e tartarugas, para vender numa feira em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

— Um deles foi ouvido aqui e admite que eles já possuem anotações pela prática de infrações penais, infrações ambientais, e eles já admitiram que costumam efetuar captura de macaco-prego na mata. Não é hábito deles efetuar é captura de bichos-preguiça. Mas eles já efetuar a captura de outros animais silvestres para vender na feira de Caxias: aves, tartarugas. Infelizmente ainda existe um mercado ilícito que é abastecido por esses criminosos.

Segundo a delegada titular da 14ª DP, Daniela Terra, além do crime de capturar ou caçar animais silvestres em área de proteção ambiental, os suspeitos foram enquadrados em outro delito, a associação criminosa. Já a preguiça, sem ferimentos, foi devolvida à mata.