Primeiro-ministro do Sri Lanka renuncia após confrontos que deixaram mortos e feridos
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- Mahinda RajapaksaPrimeiro-ministro do Sri Lanka
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, renunciou nesta segunda-feira (9), após uma série de confrontos violentos entre simpatizantes e manifestantes contra o governo. Ao menos cinco pessoas morreram e 189 ficaram feridas, segundo um balanço atualizado pelas autoridades.
Em um dia extremamente violento, o chefe do governo de 76 anos enviou sua carta de demissão ao presidente e irmão, Gotabaya Rajapaksa. Sua renúncia resulta na dissolução automática de seu gabinete.
Um pouco mais cedo, o presidente havia prometido "proteger os interesses da nação" diante de cerca de três mil simpatizantes. Vindos de zonas rurais, eles se reuniram na residência presidencial, na capital Colombo, em apoio a Gotabaya Rajapaksa. Logo depois, os partidários do governo se dirigiram ao escritório presidencial, armados de bastões e cassetetes, onde atacaram manifestantes que estavam acampados no local desde 9 de abril.
"Fomos agredidos, os jornalistas foram agredidos, mulheres e crianças foram agredidas", declarou um manifestante antigoverno, sob anonimato.
Os policiais foram acionados e usaram gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes. Logo depois, um toque de recolher com duração indeterminada foi decretado para todo o país. Mais de 150 pessoas foram hospitalizadas, indicou um porta-voz do hospital de Colombo, Pushpa Soysa.
Revolta popular
O presidente condenou os atos violentos e aqueles que os incitam "independentemente de suas tendências políticas", de acordo com uma mensagem no Twitter. "A violência não resolverá os problemas atuais", ressaltou.
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