Principais legisladores dos EUA esperam poder implementar mais controles de armas

Os principais legisladores dos EUA expressaram neste domingo (29) um otimismo cauteloso de que o tiroteio em uma escola no estado do Texas, no sul do país, poderia levar a pelo menos pequenos passos nas regras contra a violência armada.

“Há mais republicanos interessados em falar sobre encontrar um caminho a seguir pelo o que vimos desde Sandy Hook”, disse o senador democrata Chris Murphy à ABC, referindo-se ao tiroteio em uma escola com esse nome em 2012 em Connecticut, que custou 26 vidas.

Desde o tiroteio na terça-feira em uma escola na cidade de Uvalde, Texas, que deixou 19 crianças e dois professores mortos, Murphy liderou conversas com republicanos, que há muito resistem à repressão ao uso e venda de armas de fogo, para explorar a possibilidade de mudanças na legislação.

Dick Durbin, o democrata número dois no Senado, disse neste domingo que o compromisso não seria fácil, mas depois de Uvalde, ele sentiu "um sentimento diferente" entre seus colegas.

"O verdadeiro desafio é se os republicanos vão dar um passo à frente e mostrar coragem, coragem política, em uma situação muito difícil", disse ele à CNN. No entanto, está confiante de que "haverá alguns" legisladores da oposição que se manifestam a favor da promoção de novas regulamentações.

Um republicano moderado na Câmara dos Deputados, Adam Kinzinger, disse ao mesmo veículo que a tragédia de Uvalde o deixou mais convencido a aprovar maiores medidas de controle de armas.

Kinzinger, um veterano militar aposentado, disse que se opôs à ideia de proibir a venda e o uso de armas automáticas – o atirador de Uvalde usava um fuzil de assalto semiautomático – por civis até “muito tempo atrás”. Mas, acrescentou, "acho que agora estou aberto a uma proibição", ou pelo menos impor requisitos de treinamento ou certificação a potenciais compradores.

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