Procurador preso por agredir a chefe volta a receber salário de R$ 7 mil
Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, que espancou a procuradora-geral de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, está preso há cerca de três meses, ainda não foi exonerado do cargo e mesmo preso e afastado, voltou a receber o salário cerca de R$ 7 mil.
O procurador foi afastado do cargo em 22 junho, dias depois da agressão, e teve o salário suspenso por um mês, segundo publicação do Diário Oficial do Município, na época da ocorrência. A publicação da portaria representa uma punição imediata do procurador, que foi filmado dando socos, chutes e xingando a vítima.
O processo administrativo aberto contra ele pode resultar na exoneração do servidor público.
A prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, disse que a suspensão do salário foi feita no primeiro mês após a agressão, mas o processo administrativo ainda segue.
Portanto, Demétrius ainda não foi exonerado, pois o processo não foi concluído. Segundo a administração municipal, "é necessário seguir essa etapa e os trâmites legais para que a decisão seja tomada de maneira consistente".
E apesar de o procurador continuar suspenso das atividades, ele não perdeu o direito de receber o salário. O bruto pago para ele é de R$ 6.962,81.
Sobre a suspensão do cargo, a administração municipal afirmou que a Demétrius deve permanecer afastado enquanto estiver preso, ou até que a comissão do processo administrativo tenha uma nova decisão. A previsão de finalização do processo, que pode ou não resultar na exoneração do procurador, é dia 18 de outubro de 2022.
“Quanto aos efeitos do afastamento, não incidirão na contagem de tempo para promoção e nem na progressão na carreira”, explicou a administração municipal.
O caso
A procuradora-geral do município de Registro, no interior de São Paulo, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi agredida dentro da prefeitura pelo colega de trabalho e também procurador Demétrius Oliveira Macedo. O caso ocorreu no dia 20 de junho de 2022.
O procurador teria se irritado com a abertura de um processo administrativo contra ele, por seu comportamento agressivo no local de trabalho.
Gabriela ficou com o rosto ensanguentado após levar socos e pontapés. Demétrius Oliveira Macedo disse à Polícia Civil que sofria assédio moral no local de trabalho.
A ação foi filmada por outra funcionária do setor, e as imagens mostram o também procurador Demétrius espancando a vítima. Durante o ato criminoso, ele a xinga diversas vezes e, inclusive, empurra os demais profissionais que tentaram impedir os golpes.