Professor da UnB acusado de agredir ex ameaçou outra antiga companheira
Professor da UnB foi acusado de agredir uma ex-namorada no Distrito Federal
Outra antiga companheira do rapaz o denunciou por ameaças há cinco anos
Ambas conseguiram medidas protetivas contra ele
Acusado de agredir uma ex-namorada na semana passada, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Rivadávio Fernandes Batista do Amorim já possuía passagens pela polícia por ameaçar outra antiga companheira.
De acordo com informações do portal Metrópoles, o homem havia sido denunciado pela vítima há cinco anos na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam), da Asa Sul.
Em depoimento à polícia, a mulher relatou que namorou Rivadávio por cerca de um mês em 2017. Após o término da relação, ela descobriu que o rapaz mantinha casos com outras pessoas durante o período.
A vítima teria confrontado o professor por meio de mensagens de celular, ao que ele respondeu de maneira agressiva e ameaçadora.
“Se você se aproximar da minha mulher e de meus filhos, terá a resposta que merece. Se acha que eu sou doido, não viu nada. Estou avisando, se você ousar...”, escreveu.
O docente ainda enviou uma série de ofensas à ex-companheira. “Homens que se aproximam de você querem uma moleca para trepar. Depois de ter tomado um belo pé na bunda, foi fazer mal à minha mulher. No seu caso, não conheço tratamento para p..., louca, idiota, babaca…”.
Com as mensagens em mãos, a vítima procurou a polícia e denunciou o professor, conseguindo medidas protetivas contra ele.
Caso mais recente
O professor de patologia clínica do Departamento de Medicina da UnB foi acusado, no último dia 21, de agressão e de ter realizado ameaças de morte à ex-namorada em Taguatinga Norte, no Distrito Federal.
De acordo com relatos da mulher à polícia, o ex-namorado teria a ameaçado de morte com uma faca. O episódio, segundo ela, foi motivado por ciúmes.
A mulher relatou que os dois voltavam para o apartamento do educador, em Taguatinga, por volta das 9h e o homem ficou enciumado por conta da então namorada ter cumprimentado outro morador no condomínio.
“Um morador do condomínio que eu não conhecia nos cumprimentou e comentou sobre o tempo naquele dia, e eu respondi educadamente. Quando entramos na casa dele, ele falou que não tinha gostado e começou a agir agressivamente”, informou ela.
Após isso, Rivadávio começou a xingá-la, chegou a puxar os cabelos dela e ameaçou matá-la com uma faca. Ela disse ainda que em determinado momento, o professor furou um colchão com a faca e prendeu a vítima em um dos quartos.
“Ele ainda me mordeu, me chutou e me bateu. Depois, me trancou com o ar-condicionado na temperatura mais fria e quebrou meu celular. Foi horrível, não tive como pedir ajuda a ninguém”.
As agressões, segundo a mulher, só encerraram no fim da tarde daquele dia, quando o professor expulsou a mulher da casa dele, momento em que ela conseguiu pegar suas coisas e sair do local.
“Antes de estragar meu aparelho, ele apagou todos os meus arquivos. Não consegui recuperar nada. Antes de sair, ainda o avisei que iria a uma delegacia para denunciá-lo. Debochado, ele me disse: ‘Se você for na delegacia, vou te matar’”, relata a mulher.
Com o apoio das filhas, a vítima foi à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam), em Ceilândia.
“É uma vergonha horrorosa. Tenho medo de sair de casa, não consigo andar na rua mais”, revela.
A mulher foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) em virtude das agressões físicas.
A Justiça concedeu medidas protetivas de urgência no âmbito da Lei Maria da Penha para a mulher e as filhas dela.