Protestos contra governo no Sri Lanka completam 100 dias

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Os protestos contra o governo no Sri Lanka, que provocaram a renĂșncia do presidente Gotabaya Rajapaksa, completaram 100 dias neste domingo (17).

Apesar da saída do presidente, considerado culpado pela crise econîmica que assola esta ilha do Oceano Índico, os ñnimos continuam acalorados, e os agora manifestantes dirigem sua raiva a seu sucessor, Ranil Wickremesinghe.

Batizada de "Aragalaya" ("luta") e organizada nas redes sociais, a campanha para exigir a renĂșncia de Rajapaksa começou em 9 de abril, quando dezenas de milhares de manifestantes de todo paĂ­s começaram a acampar do lado de fora de seu escritĂłrio na capital nacional, Colombo.

A manifestação deveria durar dois dias, mas os organizadores, surpreendidos por um fluxo maior do que o esperado, decidiram manter o acampamento por tempo indeterminado.

Em 9 de julho, manifestantes invadiram o palĂĄcio de Rajapaksa, que fugiu para Singapura. De lĂĄ, anunciou oficialmente sua renĂșncia, na sexta-feira (15). O Parlamento escolherĂĄ o novo presidente em 20 de julho. O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, que assumiu como presidente interino, Ă© o grande favorito para suceder-lhe.

"Jå são 100 dias desde que tudo começou", escreveu no Twitter, neste domingo, um dos manifestantes mais ativos nas redes, Prasad Welikumbura.

"Mas ainda estamos longe de uma mudança de sistema. #GoHomeRanil", acrescentou Welikumbura, que, assim como outros manifestantes, também exige a saída de Wickremesinghe.

"Estamos discutindo com os grupos que participam da Aragalaya para dirigir a campanha contra Ranil Wickremesinghe", disse Ă  AFP um porta-voz dos manifestantes.

O presidente interino ordenou que o Exército faça todo o possível para manter a ordem. Na segunda-feira (18), reforços da polícia e do Exército serão enviados para a capital para garantir a segurança ao redor do Congresso, devido à votação de quarta-feira (20).

Na carta de renĂșncia lida ontem no Congresso, Rajapaksa disse que fez "o mĂĄximo" para evitar o desastre econĂŽmico que afeta o paĂ­s, mas que a pandemia da covid-19 anulou seus esforços.

"Os confinamentos de 2020 e 2021 erodiram as reservas de divisas (...) Fiz o mĂĄximo pelo paĂ­s", afirmou o agora ex-presidente, em uma carta lida pelo secretĂĄrio-geral do Congresso Nacional, Dhammika Dasanayake, e enviada de Singapura.

Em sua breve missiva, Rajapaksa sustentou que as reservas cambiais jĂĄ estavam baixas quando assumiu o cargo, em novembro de 2019, e que a pandemia terminou por devastar a economia desta ilha de 22 milhĂ”es de habitantes situada ao sul da Índia.

Os nĂșmeros oficiais mostram que o Sri Lanka contava com uma reserva de US$ 7,5 bilhĂ”es em 2019, que estava em apenas US$ 1 bilhĂŁo no momento de sua saĂ­da do territĂłrio nacional. Em abril deste ano, o paĂ­s entrou em "default" pelo nĂŁo pagamento de US$ 51 bilhĂ”es em dĂ­vida externa.

aj/slb/roc/cm/meb/jvb/tt

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