PT do Rio defende retirar apoio a Freixo e agrava crise em palanque de Lula
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- Marcelo FreixoProfessor e polĂtico brasileiro
RIO DE JANEIRO, RJ, E SĂO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PT do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira (2) resolução em que defende a retirada do apoio do partido Ă candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo estadual. A definição sobre a aliança, porĂ©m, ainda deve ser submetida Ă Executiva nacional nesta semana.
A resolução que defende o rompimento foi aprovada após o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sinalizar que não interviria no diretório fluminense da sigla para a retirada da candidatura do deputado Alessandro Molon (PSB) ao Senado.
Para o PT fluminense, a manutenção da candidatura de Molon quebra um acordo que destinava Ă sigla a indicação de um nome Ășnico para o Senado na chapa. Os petistas indicaram o nome do presidente da Assembleia Legislativa, AndrĂ© Ceciliano.
A decisĂŁo ainda pode ser alterada por intervenção do PT Nacional, mas agrava a crise na aliança no Rio de Janeiro. Uma ala do partido vai defender junto Ă presidĂȘncia da sigla o apoio ao ex-prefeito de NiterĂłi Rodrigo Neves (PDT).
"A aventura da candidatura divisionista se manteve, mesmo após o ato na Cinelùndia, mesmo após os posicionamentos do próprio Marcelo Freixo, Flåvio Dino, Mårcio França e Danilo Cabral em defesa da unidade e cobrando o cumprimento do acordo", afirma o texto aprovado.
"Nesse cenĂĄrio, infelizmente, nĂŁo Ă© mais possĂvel manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do estado. E vamos, nos prĂłximos dias, debater alternativas de coligação majoritĂĄria com a Direção Nacional do PT e com os partidos da Federação para que tenhamos um forte palanque do Lula no nosso Estado."
A decisão sobre a aliança também precisa ser oficializada numa convenção estadual com a participação do PC do B e PV, integrantes da federação partidåria.
O rompimento era incentivado por uma ala do partido liderada pelo vice-presidente nacional Washington QuaquĂĄ, que defende a aproximação do grupo polĂtico do prefeito Eduardo Paes (PSD), aliado a Neves. Na reuniĂŁo da Executiva estadual, porĂ©m, o fim do apoio a Freixo tambĂ©m foi defendido pelo presidente o PT-RJ, JoĂŁo MaurĂcio, atĂ© entĂŁo defensor do deputado na sigla.
Freixo afirma estar confiante na aliança entre as siglas.
"Tenho muita confiança na unidade e do apoio do Lula. Estou traquilo. O debate entre o PT e o PSB é nacional, mas aqui estou muito tranquilo em relação ao papel que a gente tem que diante do Rio e do Lula", disse o deputado.
A crise na aliança do Rio de Janeiro vinha se arrastando hĂĄ meses em razĂŁo da insistĂȘncia de Molon em se candidatar ao Senado.
Temendo o agravamento, Freixo chegou a cobrar do colega de partido o cumprimento do acordo firmado. Atualmente, porém, tem afirmado ser um tema a ser discutido entre os partidos nacionalmente.
A disputa gerou constrangimento no comĂcio do ex-presidente Lula no Rio de Janeiro hĂĄ um mĂȘs. Ceciliano e Molon trocaram ataques indiretos em seus discursos.
A crise se agravou apĂłs o PSB-RJ aprovar em convenção a indicação de Molon para a disputa do cargo. Lula, que nĂŁo havia se posicionado sobre o tema na visita ao Rio de Janeiro, gravou um vĂdeo apontando Ceciliano como seu Ășnico candidato no estado.