Quentin Tarantino detona "Coringa" e só salva uma cena das críticas

Rafael Monteiro
·2 minuto de leitura
Quentin Tarantino não se rendeu ao Coringa de Joaquin Phoenix (reprodução)
Quentin Tarantino não se rendeu ao Coringa de Joaquin Phoenix (reprodução)

Quentin Tarantino, diretor de "Pulp Fiction: Tempo de Violência" (1994) e "Bastardos Inglórios" (2009), não ficou muito impressionado com "Coringa" (2019). Em conversa com o diretor Edgard Wright no Empire Podcast, o cineasta detonou o longa, dizendo que trata-se de uma cópia do clássico "Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese.

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“É o lugar que vivemos agora? Pegar grandes filmes dos anos 70 e refazê-los artefatos de cultura pop? Taxi Driver em ‘Coringa’, Apocalypse Now em ‘AD Astra (2019)’… São artefatos da cultura pop, feitos a partir de filmes desafiadores de outros tempos”, criticou o cineasta. Tarantino, porém, fez uma ressalva e elogiou a cena do talk-show em "Coringa" (spoilers a partir de agora).

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“Quando chegamos na cena do talk-show, você pode sentir a atmosfera do cinema muda completamente. É uma subversão em nível altíssimo, e o mais profundo é que não traz apenas suspense ou empolgação, mas o diretor deixa bem claro que o Coringa é completamente maluco", analisou o cineasta.

"O personagem de Robert De Niro não é um vilão. Ele parecia ser um idiota, mas no mesmo estilo do David Letterman, se é que me entende. Ele é um comediante idiota, mas não parecia aquela morte", continuou. "Ao mesmo tempo, as pessoas queriam que o Coringa fizesse aquilo. As pessoas queriam que ele pegasse aquela arma."

Por fim, Tarantino explicou o que enxerga de tão brilhante na interação entre De Niro e Joaquin Phoenix, ator que venceu o Oscar de Melhor Ator como o palhaço. "Se o Coringa não tivesse tomado aquela decisão, o público teria se decepcionado. Novamente, é uma subversão em nível altíssimo. O diretor fez o público pensar como um lunático”, finalizou.

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