Reportagem acusa Ricardo Teixeira de usar CBF para fazer bons negócios particulares

Uma reportagem veiculada no começo da semana pelo “Jornal da Record“, da TV Record, revelou que presidente da CBF, Ricardo Teixeira, fez um ótimo negócio comprando uma cobertura à beira-mar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por R$ 720 mil, pagando R$ 420 mil em dinheiro. O imóvel foi comprado em 2009 e estava avaliado em R$ 2 milhões na escritura.

A reportagem insinua que Teixeira está aproveitando negócios da CBF como moeda de troca para bons negócios particulares. Isso porque o dono da cobertura, que vendeu a Teixeira pelo mesmo preço que a comprou, em 2002, é Cláudio Abrahão, irmão do empresário Wagner Abrahão. Este é diretor do grupo Águia, que já vendeu mais de R$ 30 milhões em passagens aéreas à CBF em um período de três anos.

Além disso, o jornal alertou para o fato de as passagens da CBF serem compradas sempre com tarifa cheia, sem descontos. Isso facilitaria para algum membro da CBF ganhar uma 'comissão' sobre os negócios. O Grupo Águia, de Wagner Abrahão, também levou pacotes de viagem e hospedagem para turistas, incluindo ingressos para os principais jogos da Copa de 2014.

No passado, as empresas do grupo ainda estiveram envolvidas em superfaturamento de preços de hotéis e passagens para a Seleção entre 1998 e 2000, que teria rendido R$ 31 milhões. O suposto esquema foi apontado pela CPI do Futebol, instaurada em 2000.