Representante da comunidade ucraniana do Brasil sugere que governo Lula envie armas à Ucrânia

O Brasil, que tem a maior comunidade ucraniana da América Latina, acolheu cerca de 300 refugiados desde o início da guerra na Ucrânia há um ano. Os ucranianos do Brasil consideram positiva a posição proativa do presidente Lula pela paz, mas dão a entender que queriam um engajamento maior do Brasil no conflito. “É lícito você enviar armamento para uso de defesa desse povo”, sugere Vitorio Sorotiuk, presidente da Representação Ucraniano-Brasileira.

A guerra na Ucrânia provocou o maior deslocamento de população na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Depois da invasão russa, quase oito milhões de ucranianos fugiram do país. A grande maioria deles se refugiou em países europeus.

Logo após o início da guerra, o governo brasileiro decretou uma portaria concedendo visto humanitário temporário aos refugiados ucranianos, facilitando a entrada deles no país. A portaria vence no mês de março. O presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, Vitorio Sorotiuk, já conversou com o responsável do Ministério de Justiça sobre a necessidade de se prorrogar o texto. “Devemos estar preparados sempre porque a guerra ainda continua”, ressalta Sorotiuk.

“Cada igreja que acolheu um grupo de pessoas vai cuidar, pagar aluguel, água, luz, internet, comida, roupa, tudo o que for preciso durante um ano”, explica o missionário Vitalii Arsholik, ucraniano radicado no Brasil, que recepcionou vários compatriotas.

“Pequena Ucrânia”


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