Retomada da Crimeia, anexada pela Rússia há 9 anos, se torna meta utópica para a Ucrânia

REUTERS - ALEXEY PAVLISHAK

Há exatos nove anos, em 18 de março de 2014, o presidente russo, Vladimir Putin, assinava o acordo para a anexação da Crimeia à Rússia. Por muito tempo delegada a segundo plano, a questão do status deste território volta à tona com a ofensiva russa. Mas o desejo declarado de Kiev de reconquistar a península coloca seus aliados ocidentais em uma situação delicada.

Para a maior parte da comunidade internacional, a península ucraniana foi anexada ilegalmente por Moscou após um falso referendo. No entanto, sua reconquista por Kiev, motivada pelo sucesso de algumas operações de combate, ainda estaria longe de ser uma tarefa fácil.

“Ao retomar a Crimeia, restauraremos a paz. É a nossa terra. Nosso povo. Nossa história”, escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter no mês passado. O presidente ucraniano anuncia regularmente que seu país irá recuperar o controle da península anexada pela Rússia há nove anos.

Desde a retirada russa de Kherson e da margem direita do rio Dnieper, essa perspectiva parece menos inviável do que no início do conflito, em fevereiro de 2022. Mas ainda que as chancelarias ocidentais sempre tenham reconhecido publicamente que a Crimeia fizesse parte da Ucrânia, a situação parecia constituir um caso à parte para a comunidade internacional.

Reação russa


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