Revlon entra com pedido de falência por conta de dívidas
A Revlon, uma das mais conhecidas marcas de produtos de beleza e com mais de 90 anos de história, entrou com pedido de falência. Os motivos foram dívidas, interrupções em sua rede de fornecimento e altos custos de manutenção.
A empresa anunciou que está no aguardo de um empréstimo de US$ 575 milhões para conseguir pagar dívidas com fornecedores e credores e manter operações do dia a dia.
De todas as subsidiárias internacionais da Revlon em operação, apenas as do Canadá e Reino Unido estão incluídas no processo. O pedido foi apresentado no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
A marca, controlada pela MacAndrews & Forbes, do multimilionário Ron Perelman, tem lutado há vários anos para corresponder às mudanças nos padrões de beleza e ao aumento da concorrência.
Em comunicado publicado no Wall Street Journal, a Revlon afirma que o pedido de falência tem como objetivo “reorganizar estrategicamente a sua estrutura de capital e melhorar o ‘outlook’ a longo prazo, especialmente tendo em conta os constrangimentos de liquidez trazidos pelos desafios contínuos a nível global, incluindo a disrupção das cadeias de fornecedores e a inflação crescente, assim como as obrigações para com os credores”.
No mesmo comunicado, a presidente e CEO da Revlon, Debra Perelman, “permite à marca continuar a oferecer produtos icônicos ao mesmo tempo em que cria um caminho claro para o crescimento futuro”.
Na semana passada, o preço das ações da empresa já havia caído pela metade após começarem a circular notícias de que a empresa poderia declarar falência. O prejuízo líquido no começo deste ano somou US$ 67 milhões (R$ 333,8 milhões), e a empresa tem uma dívida de US$ 3,3 bilhões (R$ 16,4 bilhões) com vencimentos em 2024 e 2025.