Moradores acusam PM de matar jovem de 18 anos no Jacarezinho
Jonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, morreu após ser baleado no peito no Jacarezinho, comunidade na Zona Norte do Rio, na noite desta segunda-feira (25). Moradores acusam a PM (Polícia Militar) do disparo.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o jovem sendo socorrido por moradores em cima de uma motocicleta, entre duas pessoas. O jovem foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Manguinhos, comunidade vizinha, mas não resistiu ao ferimento.
Moradores da região disseram que policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) efetuaram o disparo e fugiram. Segundo testemunhas, não havia confronto entre policiais e criminosos no momento em que o jovem foi atingido.
A corporação informou que a Corregedoria acompanha o caso e que os agentes envolvidos estão sendo ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que assumiu as investigações. Ainda de acordo com a PM, depois disso, eles também prestarão depoimentos na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (1ª DPJM).
A perícia foi realizada no local e a arma do policial militar foi recolhida para exame pericial. Familiares e testemunhas serão ouvidas pelos agentes.
Após a confirmação da morte de Jonathan, moradores fizeram um protesto na Avenida Dom Hélder Câmara. Em alguns vídeos divulgados na internet, é possível ver populares ateando fogo em caixas de papelão e montando barricadas em chamas em vários pontos da via, que chegou a ser interditada.
O deputado federal David Miranda (PDT-RJ) postou imagens do fotógrafo Bruno Itan em um protesto na comunidade.
"Mais um jovem, pai de um bebê de 4 meses, morador do Jacarezinho morto pelas mãos do Estado! Nós não aguentamos mais tanta dor!", escreveu Miranda.
Desde janeiro, a comunidade do Jacarezinho está ocupada por forças de segurança dentro do projeto Cidade Integrada, uma das principais bandeiras do governador Cláudio Castro (PL) na área de segurança pública para o ano eleitoral.