"Ninguém esperava que eu estivesse aqui", diz Rodrigo Mussi em 1ª entrevista
Rodrigo Mussi, ex-participante do "Big Brother Brasil 22", deu a sua primeira entrevista após o grave acidente que sofreu no fim de março. Na reportagem, exibida no "Fantástico" na noite deste domingo (29), o gerente comercial ainda mostrou a nova rotina em casa, com fisioterapia para recuperar os movimentos e a fala.
"Ninguém esperava que eu estivesse aqui depois de quase dois meses. A minha recuperação está progredindo bem, mas o que as pessoas falam, até os médicos falam, é que foi um milagre", afirmou o ex-BBB. Ele ainda disse ter poucas memórias do acidente e lamentou não portar documentos no dia do ocorrido, mas agradeceu aos médicos pelo empenho em salvá-lo: "Se não fossem aquelas primeiras horas no hospital, talvez eu não tivesse sobrevivido. Eles cuidaram muito bem de mim, mesmo sem saber quem eu era".
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Na conversa, Rodrigo ainda falou sobre o passado, desde as brigas e agressões entre os pais até um caso de abuso sexual cometido por uma babá na infância. "Uma pergunta que eu fazia para mim mesmo é: 'até quando vou lutar?' [Depois do acidente] eu pensei: 'De novo? Até quando eu vou lutar?'", declarou, relembrando as oportunidades pós-"BBB22", que não conseguiu aproveitar devido ao acidente. "Eu lutei a vida toda para ser independente e ali eu estava sendo dependente", ainda disse sobre o período em que ficou internado.
Durante a reportagem, o gerente comercial foi surpreendido com uma mensagem de Tadeu Schmidt, apresentador do "BBB22": "Rodrigo, querido, que bom te ver assim se recuperando! Eu aprendi a dizer uma frase que levava uma notícia triste para as pessoas, a frase que elimina do programa dizendo: 'quem sai hoje é você, fulano'. Mas hoje eu quero fazer uma adaptação nessa frase, porque é para uma pessoa muito especial. Um cara que deixou uma impressão muito boa em todo mundo que viu pela TV, mas principalmente por todo mundo que o conheceu pessoalmente", declarou.
"Eu digo por mim. Eu fiquei encantado pela simplicidade, a humildade, o foco, a determinação desse rapaz. Por isso eu quero dizer: quem sai agora é você, Rodrigo. Sai do hospital pra recuperar o mundo. Sai com uma caneta nas mãos e o livro da sua vida aberto para você escrever uma linda história", continuou, emocionando o ex-BBB.
Ao final da entrevista, ao ser perguntado sobre a lição que tira do acidente e a recuperação, Rodrigo disse que só conseguia ser grato: "Vou ser grato pelo resto da minha vida por essa segunda chance na minha vida. É uma chance que eu tive e eu não vou desperdiçar. Eu quero devolver para o mundo de uma maneira diferente, de uma maneira melhor. Que eu contribua para o mundo de uma maneira ainda melhor. E viver. Viver muito", concluiu.
Relembre o acidente
Retornando de uma partida de futebol no estádio do Morumbi, na madrugada do dia 31 de março, o carro de aplicativo em que Rodrigo estava se envolveu em uma batida contra com um caminhão. Como estava sem cinto de segurança, o ex-BBB acabou sendo arremessado à parte da frente do carro. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, e foi internado. Ele teve traumatismo craniano e uma lesão na coluna vertebral, e passou por cirurgias na cabeça e nas pernas.
Após o acidente, o gerente comercial teve parte da função renal debilitada, que melhorou com o tratamento intensivo no hospital. A extubação (ou retirada de tubo endotraqueal) começou em abril, visto que a respiração e a pressão arterial de Rodrigo haviam melhorado. Em maio, ele iniciou um novo tratamento com fisioterapia robótica, método que permiti tornar a reabilitação do paciente muito mais rápida.
O motorista do veículo, Kaique Faustino, admitiu à polícia que pode ter adormecido por alguns instantes enquanto estava ao volante. Recentemente, a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre o acidente e constatou que o motorista, de 24 anos, foi "imprudente" e apontou "excesso de jornada de trabalho não fiscalizada pelo aplicativo de transporte individual". Segundo a polícia, Kaique não foi indiciado porque lesão corporal culposa é considerado um crime de menor potencial ofensivo.