Rússia é acusada de isolar Ucrânia sem internet antes da invasão
(Getty Images)
Rússia é acusada de derrubar internet da Ucrânia antes de invadi-la;
País teria comandado um ataque cibernético de grade escala momentos antes do começo da guerra;
Denúncia foi feita por autoridades dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia.
A Rússia está sendo acusada de comandar um ataque cibernético de grade escala para derrubar a internet da Ucrânia antes de invadi-la em fevereiro deste ano. A denúncia foi feita nesta terça-feira (10) pelas autoridades dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia.
A ação de hackers ligados ao governo teria começado em janeiro e durado várias semanas, aponta o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. O ciberataque mais forte seria o de 24 de fevereiro, no dia da invasão, que deixou a rede de internet via satélite KA-SAT, da Viasat, fora do ar. As informações são do TecMundo.
O objetivo, segundo Blinken, seria cortar a comunicação entre os integrantes das Forças Armadas da Ucrânia. O malware usado pelos hackers afetou diversos modens, que precisaram ser substituídos pela operadora.
Na época, outras nações europeias também foram afetadas; milhares de usuários ficaram, temporariamente, sem acesso à internet, incluindo empresas e prestadoras de serviços, conforme divulgado pela Reuters.
A Viasat continua contribuindo com as entidades governamentais na investigação do caso. De acordo com a agência de notícias, outros ciberataques aconteceram em março, mas não foram confirmados pela operadora.
Starlink sob ataque
Dois dias após a invasão russa, o bilionário Elon Musk nunciou no Twitter que implementou satélites da Starlink na Ucrânia, permitindo que a conexão de internet fosse retomada no país. “O serviço Starlink agora está ativo na Ucrânia”, publicou. “Mais terminais a caminho”.
A empreitada, no entanto, fez com que a empresa virasse alvo do país rival, o que fez com que o empresário retornasse às redes sociais para alertar a população ucraniana. "Aviso importante: A Starlink é o único sistema de comunicação não russo que ainda funciona em algumas partes da Ucrânia, então a probabilidade de ser alvo é alta. Por favor, use com cuidado", postou.
Ele ainda aconselhou que os usuários ativem o sistema “apenas quando necessário” e que coloquem as antenas “o mais longe possível das pessoas”. Musk também orientou a camuflar o dispositivo para evitar a detecção visual.