Sítio Burle Marx: conheça o espaço com mais de 405 mil metros quadrados de jardins pela Mata Atlântica
Famoso por ligar a botânica tropical e a modernidade urbana, Roberto Burle Marx, um dos principais paisagistas do século XX, criou mais de três mil jardins ao redor do mundo. Para conhecer melhor sua obra, o Sítio Burle Marx é visita obrigatória.
No número 19 da estrada que leva o nome do paisagista em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste, onde o também artista plástico residiu por cerca de 20 anos, até sua morte, em 1994, está uma impressionante coleção botânica formada ao longo de cinco décadas.
— O que a gente conhece no mundo por paisagismo tropical nasceu no sítio, que era usado como um laboratório de experimentos para seus projetos — conta Susana Bezerra, coordenadora do setor educativo.
A pé, o visitante pode se perder pelos belos jardins espalhados por mais de 405 mil metros quadrados em uma área de Mata Atlântica, passando por 3.500 espécies tropicais e subtropicais, a maioria nativa do Brasil, além de ver a casa e os espaços de trabalho do artista. O trajeto de 1.800m dura cerca de uma hora e meia. Suas pinturas, desenhos, esculturas e os famosos azulejos também estão à mostra. As visitas podem ser agendadas de terça a sábado, às 9h30 ou às 13h30, e custam R$ 10.
Quem estiver na Zona Sul pode aproveitar o domingo, dia em que as pistas do Aterro ficam fechadas para carros, para uma caminhada no Parque do Flamengo, outro mostruário e tanto da obra de Burle Marx. O projeto de 1965 realça as linhas sinuosas, em sintonia com a paisagem das montanhas o contorno da orla, em uma vegetação de 11 mil árvores de várias partes do mundo e espécies únicas, como a palmeira Talipot (Corypha umbraculifera), que chega a 25 metros de altura e leva até 70 anos para florescer.