Secretaria de Saúde do DF desmente morte de presos após atos terroristas
Cerca de 36 pessoas foram levadas ao hospital, mas apenas casos leves
Secretaria de Saúde do DF nega que pessoas tenham morrido no ginásio do DF;
36 presos foram transferidos ao hospital e UPA, mas casos eram leves;
PF confirma informação sobre ausência de óbitos.
São falsas as informações sobre a morte de pessoas presas por conta dos atos terroristas no Distrito Federal, no último domingo (8). Segundo a Secretaria de Saúde do DF, 36 presos foram transferidos ao hospital e UPA de Sobradinho, mas todos os casos eram leves e sem óbitos.
Os atendimentos foram realizados por equipes enviadas à Academia da Polícia Federal, entre segunda-feira (9) e terça-feira (10). As informações foram obtidas pelo Metrópoles.
Desde a depredação das sedes dos Três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) -, a Polícia Federal lavrou 1.261 autos de prisão e apreensão. Até a noite de ontem, 727 pessoas foram presas e 599 liberadas por questões humanitárias – como idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e pais com crianças.
Apesar de bolsonaristas estarem divulgando fotos de supostas pessoas que teriam morrido no ginásio da PF, onde aguardam os procedimentos para serem liberadas ou transferidas para o presídio, a corporação e a Secretaria de Saúde garantem que não houve nenhum óbito.
Uso de foto da avó indigna neta
Uma das fake news que circulou nas redes sociais envolveu a imagem da avó de Juliana Cuchi Oliveira, usada para propagar a mentira de que uma idosa havia morrido no ginásio da PF – inclusive pelo perfil da deputada federal Bia Kicis (PL).
A foto de Deolinda Tempesta Ferracini estava em um banco de imagens. A idosa morreu em 2022, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
"Hoje, eu acordei com meu direct bombando de notícias de que estão pegando a foto da minha avó e fazendo fake news, falando que ela morreu em um campo de concentração, coisas de política. Por favor, se virem, apenas denunciem. Estou muito chateada, muito mesmo. O banco de imagens da foto da minha avó não dá direito a uso indevido", comentou Juliana em vídeo publicado nas redes.
A mulher revelou que a família já havia passado por situação semelhante ao ver a foto da avó exposta equivocadamente como uma das vítimas fatais da Covid-19 e se emocionou ao lembrar que a morte da parente completa três meses justamente na terça-feira passada (10).
"Já lutamos uma vez contra isso, agora de novo em uma fake news porca, nojenta, que viralizou em tudo. Eu não sei mais o que a gente faz, acho que não adianta ir na delegacia. Estou denunciando tudo o que estou vendo”, concluiu.