Sem espaço no Senado, oposição pressiona por criação de novas comissões, e Pacheco diz que avaliará pleito

Excluída do comando das 13 comissões permanentes do Senado, a oposição agora pressiona para a criação de novos grupos para ser contemplada. Após reunião de líderes, em que o assunto foi abordado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que iria avaliar o assunto.

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Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ), a proposta dos adversários de Pacheco já havia sido enviada há três semanas pelo colega de bancada, o ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes (PL-TO). Mas não houve resposta.

— Há alguns exemplos de temas relevantes que poderiam ser tratados em comissões específicas, como Minas e Energia, Esportes, Saúde. Agora, não necessariamente é esse o caminho (exato para o desmembramento) — destacou Portinho.

Atualmente, esses temas são debatidos em outros colegiados, com atuação mais ampla.

— A gente tem a proposta de criação de três comissões para que possamos ter a mínima proporcionalidade e que o princípio fundamental e representativo — completou.

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Questionado pelo "G1" após a reunião, Pacheco afirmou que ainda vai analisar a proposta da oposição.

— Há essa pretensão mas, por ora, não decidimos ainda. Vamos fazer essa avaliação.

Na quinta-feira, em movimento articulado pelos aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), PP, PL, Republicanos e Novo, que formam um bloco, ficaram sem nenhuma presidência de comissão.

Segundo o líder do PSD, Otto Alencar (BA), seria possível contemplar a oposição em comissões mistas (de deputados e senadores).

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— São seis comisões mistas. Tem a de alterações Climáticas, atendimento de imigrantes, várias. Pode ser que em uma dessas ele (Pacheco) possa contemplar.

Já o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RJ) avaliou que movimento de aliados de Pacheco atende ao propósito de "aniquilar" a oposição.

— O senador Pacheco poderia ter sido magnânimo nessa vitória que teve. Não foi bom, porque está desconsiderando o que prevê a Constituição, o regimento interno na questão da proporcionalidade. E é importante que as pessoas entendem que um pleito não é guerra.