Senador investigado por estupro tem caso arquivado pela Justiça de SP
Senador Irajá Silvestre Filho era investigado desde 2020
Ele foi denunciado por modelo por estupro
Parlamentar afirma que sexo foi consensual
O inquérito policial que investigava a acusação de estupro contra o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) foi arquivado por decisão da juíza Tania Silva Amorim Fiuza, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo). O filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO) é suspeito de ter abusado de uma modelo em novembro de 2020, em São Paulo.
Para a promotora de Justiça Eliana Faleiros Vendramini Carneiro, “nenhum elemento dos autos traz indícios de que a vítima tenha tido eventual resistência diminuída ou impossibilitada por um ato do investigado. Esse nexo causal não existe nos autos”.
A modelo, de 22 anos, afirmou, em boletim de ocorrência, que foi abusada após conhecer o senador em um restaurante e ir com ele até o Café de La Musique, uma balada localizada na zona Oeste da capital paulista.
A defesa do senador afirmou, em nota, que Irajá Silvestre Filho "reafirmou, como sempre fez questão de ressaltar, que ele jamais cometeu qualquer ilícito, atitude imoral ou inadequada. O arquivamento do Inquérito Policial é a maior prova disso. Todas as provas evidenciaram de que não houve qualquer violência ou abuso, bem como se reconhecendo que a acusação era leviana".
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a jovem disse que tomou bebidas alcoólicas na casa noturna e perdeu a consciência. Segundo ela, quando acordou, na madrugada, estava no flat do senador, no Itaim Bibi, na zona Sul, e o parlamentar estaria praticando atos sexuais com ela.
A jovem relatou que não resistiu no momento, mas que depois se trancou no banheiro e enviou mensagens para uma amiga pedindo ajuda. Ems eguida, ela foi à recepção do flat e acionou a polícia.
Versão do senador
Já em seu depoimento, o senador alega que o sexo foi consensual. Segundo ele, um amigo o convidou para almoçar com outras três mulheres, incluindo a modelo. Ela convidou o parlamentar para uma festa, de onde foram para a boate. No local, afirma, os dois se instigaram sexualmente. Depois, foram a pé para seu flat. Ambos estavam alcoolizados, segundo ele, mas não inconscientes.
Após o sexo, segundo ele, os dois conversaram. A jovem então teria ido ao banheiro e ele recebeu uma mensagem da amiga dela, contando que a modelo relatou que havia sido agredida e pediu ajuda.
A amiga foi até o flat e bateu na porta do banheiro. A modelo então teria saído, tentado chutar o senador e queria sair nua no corredor.
Irajá afirma que então ligou para um advogado e foi à delegacia prestar depoimento.