Servidores do Banco Central decidem manter greve, mesmo com possibilidade de reajuste linear de 5% ao funcionalismo
Mesmo diante da possibilidade de reajuste linear de 5% ao funcionalismo, servidores do Banco Central decidem manter a greve por tempo indeterminado. Segundo o sindicato que representa a categoria (Sinal), a estratégia, aprovada mais cedo nesta terça-feira (dia 31) em Assembleia Geral Nacional do sindicato, é pressionar a diretoria do BC e o governo federal para retomar a mesa de negociaçÔes.
AlĂ©m da recomposição das perdas salariais desde o começo da gestĂŁo Jair Bolsonaro, de 25,1%, segundo o Ăndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no perĂodo, os servidores pleiteam reestruturaçÔes de cargos.
Com a continuidade da greve, o Sinal aponta que pode afetar os preparativos para a prĂłxima reuniĂŁo do ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom), marcada para os dias 14 e 15 de junho. O encontro Ă© importante porque deve avaliar um novo aumento na taxa bĂĄsica de juros, a Selic, como forma de frear a inflação alta.
Na Ășltima terça-feira (dia 24), integrantes da ComissĂŁo de Trabalho, Administração e Serviço PĂșblico da CĂąmara dos Deputados enviaram e-mail ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para pedir uma reuniĂŁo com a participação de parte da comissĂŁo e representantes do Sinal. No entanto, ainda nĂŁo tiveram retorno. O Banco Central nĂŁo quis comentar o caso.