Novo boletim divulgado pelo governo de São Paulo no início da noite desta sexta-feira confirma que subiu para 57 o número de mortes decorrentes das chuvas que atingiram cidades do Litoral Norte do estado durante o fim de semana de Carnaval. Foram confirmadas 57 fatalidades em São Sebastião e uma no município de Ubatuba.

Dentre as vítimas localizadas, 47 já foram identificadas e liberadas para sepultamento. São 16 homens adultos, 16 mulheres adultas e 15 crianças, segundo o governo.

Leia: Cidades atingidas pela chuva em SP ficam sem recursos de emendas para contenção de encostas

A força-tarefa que atua nas cidades mais afetadas segue na busca de desaparecidos e atua para prestar apoio a 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta sexta o plano de pagar vagas em hotéis e pousadas para tirar a população de abrigos. Em entrevista coletiva, Tarcísio disse que a gestão quer aproveitar a capacidade hoteleira disponível na região. Ele ainda anunciou uma parceria com a iniciativa privada para a construção de moradias populares.

A administração paulista tem orientado que os turistas não viajem às áreas afetadas neste fim de semana, para não sobrecarregar o atendimento em hospitais, trânsito nas estradas e abastecimento de água e alimentos na região. As vias públicas precisam estar desobstruídas para facilitar o deslocamento de equipes de resgate.

Mais: Tragédia das chuvas: Quatro mercados e uma adega do litoral norte de SP já foram autuados pelo Procon por prática de preços abusivos

Ainda nesta sexta, o governo anunciou a desobstrução do tráfego na rodovia Rio-Santos (SP-055) na altura de Juquehy, entre Bertioga e São Sebastião, que estava interditado desde o fim de semana devido à queda de uma barreira. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a desobstrução do trecho, de um quilômetro, ocorreu na noite de quinta-feira e a passagem dos veículos está sendo feita por comboio. Até então, apenas os veículos oficiais de socorro transitavam no local.

Fiscalização no comércio

Após relatos de comercialização de produtos essenciais, como água, a preços abusivos, as autoridades passaram a fiscalizar estabelecimentos comerciais para impedir irregularidades. Houve denúncia de garrafas de água sendo vendidas a mais de R$ 90, por exemplo. Isso porque as chuvas do último sábado afetaram o abastecimento de água.