Sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio participou de ataques em Brasília
Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), registrou no Instagram a própria participação em atos antidemocráticos do último domingo (8);
Assessor parlamentar reclamou de ter levado gás lacrimogêneo nos olhos e defendeu que ‘patriotas não cometem vandalismo’;
Atos violentos com ataques terroristas levaram a intervenção federal no DF e afastamento do governdor.
Sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Leonardo Rodrigues de Jesus, participou da invasão ao Congresso Nacional ocorrida neste domingo (8). Léo Índio, como é mais conhecido, publicou fotos do momento no Instagram e reclamou de gás lacrimogêneo.
Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo", escreveu.
Em uma das imagens, Léo aparece em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), numa plataforma em que ficam as cúpulas. O local tem circulação proibida para o público geral.
Em outra publicação, ele surge no que parece ser a área central de Brasília e diz, no texto, que ‘muitos foram feridos e socorridos’, e acrescenta: “Patriotas não cometem vandalismo”.
Primo dos três filhos mais velhos de Bolsonaro (Flávio, Carlos e Eduardo), ele disputou uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022, pelo PL, mas não foi eleito. Leonardo vive em Brasília desde 2019, quando trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) - parlamentar que foi flagrado com R$ 30 mil na cueca - e depois foi funcionário de um senador do PL.
Neste domingo, apoiadores de Bolsonaro realizaram uma série de atos terroristas na capital federal. Os extremistas depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF. Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.
A movimentação já vinha sendo mobilizada há semanas, mas ganhou corpo com dezenas de ônibus que chegaram a Brasília no fim de semana.
A PM foi acusada de se omitir durante os atos. O presidente Lula (PT) decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão de Anderson Torres, ex-minsitro de Bolsonaro que estava na chefia da pasta no Estado.
Quem assume no lugar dele é a vice, Celina Leão (PP), que assim como o companheiro de mandato, é apoiadora do ex-presidente.