Tebet diz que Lula tentará perpetuar PT no poder: 'vai ser um Perón'

Simone Tebet comparou Lula ao ex-presidente da Argentina Juan Domingo Perón, que governou o país por três mandatos. (Foto: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)
Simone Tebet comparou Lula ao ex-presidente da Argentina Juan Domingo Perón, que governou o país por três mandatos. (Foto: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)

Segundo a presidenciável Simone Tebet (MDB), um eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria mais do mesmo e ele tentará a perpetuação do PT no poder: “Vai ser um Perón”, afirmou durante sabatina para o Estadão e Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta segunda-feira (19).

A senadora respondeu sobre a pressão recebida pela campanha do “voto útil” levantada por Lula para conseguir vencer a eleição ainda no primeiro turno, no próximo dia 2 de outubro.

"Eu não acredito no governo Lula. Por isso, eu sou candidata. Eu não consigo visualizar (apoio), a não ser o papel que nós temos de fortalecimento de um pacto a favor do Brasil que começa e não termina agora", disse a presidenciável.

Tebet afirmou que não está negociando aliança para o segundo turno nem com Lula e tampouco com presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

"Eu não converso com Lula. Sabe quando eu conversei com Lula, e até ele foi gentil em me cumprimentar e fazer uma brincadeira comigo, foi no dia do debate (da Band). Eu não tenho o celular dele e não sei com quem ele fala", disse Tebet.

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Sobre o segundo turno entre os principais concorrentes, a candidata afirmou que esse seria “o pior de dois mundos” e que se recusa a acreditar neste cenário.

“Eu me recuso a desistir desse Brasil que eu sonho diante de um cenário que, pra mim, nenhum dos dois (Bolsonaro e Lula) serve. Estou diante de um processo eleitoral em que me recuso a aceitar que nesta eleição, que é mais importante do Brasil desde a redemocratização, nós tenhamos que optar pelo menos pior.”

Ela também se recusou a falar quem apoiaria no segundo turno. “A nossa candidatura não é só eleitoral, é uma candidatura política, de posicionamento. Eu estou aqui, eu sou um soldado a favor da democracia e das liberdades públicas. Estamos aqui para abrir caminhos, para construir pontes”, disse, sem mencionar para que lado caminhará na segunda etapa do processo eleitoral, caso fique de fora.