Tem piloto brasileiro na Fórmula E?
A Fórmula E, finalmente, está chegando ao Brasil. Após anos de expectativa, negociações e um atraso significativo devido à pandemia da covid-19, está marcado para o dia 25 de março o ePrix de São Paulo. Partindo do Sambódromo do Anhembi, a categoria transformará parte da zona norte da capital paulista no cenário de grandes disputas e muita velocidade com os veículos elétricos.
E entre os pilotos que disputam a vitória em uma temporada de competição que ainda está em sua sexta etapa estão dois brasileiros. Ao contrário da F1, que não tem um representante de nosso país já há algum tempo, a Fórmula E contou com competidores conterrâneos em todas as suas temporadas, com direito inclusive a um veterano que já passou por todas elas.
Nomes consagrados do esporte a motor já estiveram ao volante dos carros elétricos da Fórmula E. Nelson Piquet Jr., por exemplo, foi o primeiro campeão da categoria, enquanto Lucas di Grassi também já levou um título para casa. Felipe Massa, que fez história na Fórmula 1, foi piloto da categoria por duas temporadas, enquanto Bruno Senna competiu em uma.
Conheça agora os pilotos brasileiros que disputam a Fórmula E na temporada atual, que chega a sua sexta corrida no ePrix de São Paulo.
Lucas di Grassi
O vencedor da primeira corrida da categoria também foi o ganhador da temporada 2016-2017 da Fórmula E, um título mais do que bem-vindo após um segundo lugar na competição anterior, com o suíço Sébastien Buemi vencendo por apenas dois pontos. Ao longo dos anos, Lucas di Grassi esteve no comando de carros da Audi Sport ABT e ROKiT Venturi, chegando ao ePrix de São Paulo atrás do volante da Mahindra Racing.
Mais do que ser um veterano, tendo participado de todas as temporadas da Fórmula E, di Grassi foi um dos precursores da categoria. Ele foi consultor técnico durante o planejamento do esporte e também o piloto de testes do primeiro protótipo da modalidade, estando envolvido diretamente no desenvolvimento do carro e da própria competição, antes de assinar com a Audi Sport ABT como sua equipe de estreia.
Da mesma forma, di Grassi foi uma das vozes mais ativas para garantir a chegada da Fórmula E ao Brasil. Em 2020, durante o ePrix de Santiago, no Chile, o piloto falou em entrevista ao Canaltech que a vinda da modalidade a São Paulo era uma questão de tempo — atrasada, claro, por conta da pandemia da covid-19. Agora, neste período pós-vacina, a vontade se tornou realidade. Além da capital paulista, o Rio de Janeiro (RJ) também entrou na disputa para sediar a prova.
No início da carreira, di Grassi disputou modalidades como a Formula Renault 2.0 Brazil e a Formula 3 Sudamericana, além de ter sido o vice-campeão da temporada 2007 da GP2. O brasileiro também teve uma passagem de um ano pela Fórmula 1, assumindo o volante na estreia da Virgin Racing na categoria e tendo como melhor resultado um 14º lugar no Grande Prêmio da Malásia.
Lucas di Grassi chega ao ePrix de São Paulo na 10ª colocação do campeonato de pilotos, com 18 pontos após uma terceira colocação na estreia da atual temporada, no Autodromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México. Com 38 anos de idade, ele é o segundo piloto mais velho do grid atual, mas ainda vislumbra muitos anos de competição, prevendo a própria aposentadoria até 2029.
Sérgio Sette Câmara
Em sua terceira temporada na Fórmula E, Sérgio Sette Câmara estará atrás do volante da NIO 333 Racing, em sua primeira mudança de equipe após competir nos dois torneios anteriores pela GEOX Dragon, da qual também foi piloto de testes em 2020. É dele, inclusive, o melhor resultado obtido pelo time até agora, com um quarto lugar no ePrix de Diriyah, na Arábia Saudita, que também marcou os primeiros pontos obtidos por ele na competição.
Apesar de seus 24 anos de idade, experiência não falta para o piloto de Belo Horizonte (MG), que compete desde os 16. Ele começou a carreira na Fórmula 3, tendo estreado, inclusive, em pleno Autódromo de Interlagos, finalizando aquela temporada na sétima colocação. Os refrescos vieram no ano seguinte, com terceiras colocações e pódios conquistados nos circuitos de Spa-Francorchamps, na Bélgica, e no Red Bull Ring, na Áustria.
Até hoje, Sette Câmara é o detentor do recorde mundial de volta mais rápida no Grande Prêmio de Macau da Fórmula 3, enquanto uma passagem pela Fórmula 2 em 2017 garantiu sua primeira vitória, também no circuito belga, além de uma 12ª colocação no campeonato de pilotos daquele ano.
Sette Câmara está na 15ª colocação do campeonato de pilotos, com 10 pontos marcados em sua melhor corrida da temporada até agora, quando chegou em quinto lugar no ePrix de Hyderabad, na Índia. Ele é companheiro de Dan Ticktum na NIO 333.
Fonte: Canaltech
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