Terrorismo em Brasília: Câmara identificou golpistas pelo uso de Wi-Fi da casa
Polícia conseguiu identificar criminosos por seus celulares
Apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que protagonizaram os atos de terrorismo do último dia 8, em Brasília, foram identificados porque usaram o Wi-Fi da Câmara dos Deputados.
O presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), revelou, em entrevista à GloboNews, que ao menos 41 pessoas puderam ser localizadas desta forma.
Os terroristas fizeram uso do sinal público de Wi-Fi da Câmara com seus celulares, sem pensar que a polícia pudesse captar suas informações pessoas por meio da rede.
“Essas pessoas, quando entraram na Câmara, captaram o sistema de Wi-Fi, e a Câmara está com todos os IPs dos usuários. Eles vão ter que justificar o que estavam fazendo”, relatou Lira.
Pedido ao MPF
O deputado explicou, ainda, que a Casa está com a identidade desses terroristas e irá apresentar pedido ao Ministério Púbico Federal (MPF) para que haja apuração.
Lira esteve reunido recentemente com o procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, e cobrou medidas para que os extremistas sejam investigados pelo MPF.
Aras promete "medidas cabíveis"
Aras garantiu que o órgão vai tomar “todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais para apurar e punir os responsáveis pelos atos e, sobretudo, para impedir que fatos como os registrados no dia 8 de janeiro jamais voltem a ocorrer no país”.
O procurador garantiu, ainda, que "fará o mesmo em relação ao material entregue pela Câmara dos Deputados até a próxima sexta-feira".
Caso não seja possível de imediato apresentar denúncias, haverá abertura e instauração de inquéritos para que os suspeitos sejam responsabilizados.
Como se organizaram os atos terroristas em Brasília? A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
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