Terrorismo no DF: Policial legislativo e advogada são alvos da PF por atos golpistas

A PF realiza hoje a 4ª fase da Operação que busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas em Brasília.

Terrorismo no DF: Policial legislativo e advogada são alvos da PF por atos golpistas
Terrorismo no DF: Policial legislativo e advogada são alvos da PF por atos golpistas

Um policial legislativo do Senado e uma advogada estão entre os alvos da Polícia Federal (PF), suspeitos de envolvimento no ataque às sedes dos Três Poderes, durante terrorismo no DF, no dia 8 de janeiro.

A PF realiza nesta sexta-feira (3) a 4ª fase da Operação Lesa Pátria que busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.

As equipes cumprem três mandados de prisão preventiva, bem como 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e nos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo.

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), há indícios de que o agente público possua armas e outros materiais que possam comprovar a violação de dever funcional, por instigação e facilitação da ação dos criminosos que vandalizaram os prédios dos Três Poderes.

Além disso, o policial legislativo também é investigado por omissão imprópria, uma vez que teria deixado de combater os invasores do Senado durante os atos antidemocráticos no DF.

“O agente público já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Entre os pedidos apresentados pelo coordenador do Grupo, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, está o afastamento da função. Também foram requeridos bloqueio de bens, impedimento de deixar o país e proibição de uso de redes sociais. O agente também está proibido de se aproximar do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal”, informou a PGR.

Já a advogada investigada, suspeita-se que ela, no dia dos ataques teria recolhido os aparelhos celulares dos manifestantes para supostamente atrapalhar as investigações.

“A atitude é investigada por representar a possibilidade de obstrução de justiça. O pedido que levou à decretação das medidas cautelares foi apresentado a partir de informações reunidas nas audiências de custódia dos detidos em flagrante no dia dos atos”, explicou a Procuradoria sobre a conduta da mulher.

Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, no dia do atentado, foram invadidos por extremistas, que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos dos três prédios.