'Tombo' de Marinho no Senado pode surpreender PT e 'inflar' bolsonarismo
Partido vê como garantida reeleição de Rodrigo Pacheco
Apesar da confiança da oposição em reverter a situação, o PT está despreocupado com a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD) perder a eleição à presidência do Senado para Rogério Marinho (PL).
Segundo informações da coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles, a cúpula do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê como certo o triunfo de Pacheco nesta quarta-feira (1º).
A margem desta vitória, no entanto, preocupa o Palácio do Planalto. Isso porque o plano inicial do PT é isolar o bloco aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado.
Se Marinho tiver mais de 35 dos 81 votos, no entanto, Pacheco não poderá ignorar os opositores na composição da Mesa do Senado e de suas comissões.
Pacheco é favorito
Atual presidente, Pacheco desponta como favorito por conta do amplo bloco formado, com, pelo menos, sete partidos declarando apoio à reeleição.
Por outro lado, Marinho tem angariado votos nos últimos dias, e o PL confia que alguns senadores que se manifestam como "indecisos" escolherão o candidato.
Há esperança, também, de que parlamentares "traiam" suas siglas e não votem de acordo com o apoio manifestado publicamente. Vale lembrar que a eleição acontece com votos secretos.
Quem vota em Rodrigo Pacheco?
Por enquanto, senadores da base de apoio do presidente Lula (PT) e dos partidos do centro – o que lhe confere em torno de 40 votos.
PSD: 14 senadores
MDB: 10 senadores
PT: 9 senadores
PDT: 3 senadores
PSB: 2 senadores
Cidadania: 1 senador
Rede: 1 senador
Quem vota em Rogério Marinho?
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador conta com os votos da oposição, totalizando cerca de 23 votos. Há bancadas que ainda não se decidiram.
PL: 13 senadores;
PP: 6 senadores;
Republicanos: 4 senadores.
Como será a votação no Senado?
Para vencer, o candidato precisa de ao menos 41 votos favoráveis;
Caso a quantidade não seja atingida, a votação vai para o segundo turno;
Eleição acontece na quarta-feira, também na Câmara dos Deputados;
Eleitos comandarão as casas de 1º de fevereiro de 2023 até 31 de janeiro de 2025.