Tragédia no litoral de SP: maior navio da Marinha e parte da tropa do Exército deixam São Sebastião

Após 18 dias da tragédia que atingiu São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, o Navio-Aeródromo Multipropósito 'Atlântico' (NAM), que estava ancorado em Juquehy, segue nesta sexta-feira de volta para o Rio de Janeiro. Com ele, também retornam cerca de mil fuzileiros navais, médicos e aeronaves. Ao todo, 65 pessoas morreram em São Sebastião em decorrência das tempestades e deslizamentos de terras.

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O comandante do Exército, general Rodrigo Ferraz Silva, da 12ª Brigada de Infantaria-Aeromóvel, que desde o início dos trabalhos, em 19 de fevereiro, esteve à frente do Gabinete de Gerenciamento de Crise, explicou que a desmobilização das frotas é comum quando a fase mais crítica é contornada.

Neste momento, equipes das Defesas Civis do Estado e da Prefeitura de São Sebastião, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Assistência Social do Estado e secretarias municipais de Habitação e Regularização Fundiária (SEHAB), Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES) atuam da parte de identificação e cadastro das vítimas que perderam suas moradias.

Segundo o Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, comandante da 1ª Divisão da Esquadra da Marinha do Brasil, embora o navio siga para o Rio de Janeiro, o Hospital de Campanha permanece montado em Juquehy para colaborar no atendimento da população. Ainda de acordo com o militar, já houve uma redução na procura da unidade o que significa que a população tem sido atendida em suas necessidades.

— Chamou-nos a atenção o número de pessoas que procuraram o profissional e hoje já não temos essa necessidade —pontuou o almirante ao citar exemplo sobre a fila por um urologista.