Triatlo libera mulheres trans, mas impõe regras
Buscando sempre evoluir nas questões sociais, a comunidade esportiva tem mais uma novidade positiva relacionada à participação de atletas transgênero no esporte. A World Triathlon, organização que rege o triatlo mundial, definiu, após algumas reuniões, a nova política de inclusão de mulheres transgênero em eventos internacionais da modalidade, mas incluiu severas regras para a adequação das atletas.
Uma das obrigações para as atletas que almejam disputar competições regidas pela World Triathlon é a de reduzir seus níveis de testosterona durante dois anos e não mais apenas um, como é o atual processo. Além disso, será necessário que o prazo de, no mínimo, quatro anos seja respeitado após a transição em caso de pessoas que já tenham competido na categoria masculina em qualquer tipo de evento esportivo.
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Marisol Casado, presidente da World Triathlon e membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) comentou sobre as decisões tomadas pela entidade: "A política que acabamos de aprovar mostra que estamos priorizando o princípio da justiça, mas mostrando a inclusão. Está totalmente alinhado com a recomendação do COI e semelhante ao que outras federações internacionais fizeram nos últimos meses. Somos uma Federação Internacional pequena, mas que sempre teve inclusão e equilíbrio de gênero em nosso DNA".
No final do ano passado, o COI instituiu que cada modalidade deve definir, através de seu órgão regulamentador, quais serão as políticas de aceite ou não para participantes trans nas categorias femininas. A natação, por exemplo, estipulou que apenas meninas trans que tenham feito a transição até os seus 12 anos possam competir.