Ucrânia planeja resgate de civis em Mariupol e condena “ataque bárbaro” a Kiev
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- António GuterresDiplomata e político português, Secretário-geral das Nações Unidas e Ex- Primeiro - Ministro de Portugal
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a Ucrânia planeja uma operação de resgate ainda nesta sexta-feira (29) para retirar os civis presos na fábrica de Azovstal, em Mariupol, cidade sob domínio russo. A declaração acontece um dia após o exército russo ter bombardeado a capital Kiev durante a visita do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Com informações de Aabla Jounaïdi e Oriane Verdier, enviadas especiais da RFI à Ucrânia
As visitas do chefe de ONU, António Guterres, primeiro a Moscou e na sequência a Kiev, eram uma tentativa de negociar um cessar-fogo para a retirada dos civis presos em áreas de bombardeio na Ucrânia. De acordo com Guterres, Vladimir Putin teria concordado com a possibilidade de uma evacuação de civis da usina siderúrgica de Mariupol feita com a participação da Cruz Vermelha e da ONU e as negociações para essa retirada estaria em curso.
Na manhã desta sexta, Zelensky declarou que a operação é esperada ainda hoje para resgatar os centenas de civis que estão presos nos subterrâneos da fábrica de Azovstal, sitiada pelo exército russo.
No entanto, o ataque russo a Kiev enquanto Guterres estava na capital ucraniana coloca em dúvida a disposição do Kremlim para garantir a segurança de tal resgate.
O governo russo justifica o bombardeio dizendo que foram usadas armas “de alta precisão de longo alcance” para destruir uma empresa espacial da cidade. Mas para o presidente ucraniano esta foi mais uma tentativa da Rússia “de humilhar a ONU e tudo o que a organização representa”.
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