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pós reunir o apoio necessário para a abertura da CPI do MEC, a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro tem o desafio de conseguir maioria no colegiado que deve investigar suspeitas de corrupção na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Em um roteiro diverso do traçado na CPI da Covid, no ano passado, quando tinha sete dos 11 integrantes ao seu lado, a composição, desta vez, não deve ser tão favorável aos opositores. Um acordo costurado ontem entre MDB, PSDB, Podemos, PSD e PT definiu oito dos titulares da CPI. O funcionamento da comissão, porém, ainda depende do aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que só pretende tomar uma decisão na semana que vem. Dos nomes já anunciados, apenas cinco são declaradamente contrários ao governo, outros dois são aliados do Palácio do Planalto e um, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), declara-se independente. As três vagas remanescentes cabem a partidos compostos, em sua maioria, por governistas: PP, União Brasil e PL. Na prática, o cenário mais provável é de um empate com cinco senadores para cada lado, com a possibilidade de Kajuru ser uma espécie de “fiel da balança” da CPI.