União Europeia proíbe que operadoras deem acesso ilimitados a apps
Prática criaria uma competição desleal pelos consumidores, além de prejudicar mais pobres;
Proibição irá atingir todos membros da União Europeia;
No Brasil também já há conversas para acabar com a prática do "zero rating".
Desde a popularização dos smartphones, os consumidores brasileiros são seduzidos pelas operadoras com ofertas de pacotes de internet que garantem a utilização ilimitada dos aplicativos mais populares, como WhatsApp, Facebook e Instagram.
A estratégia, bastante conhecida aqui no Brasil, também é utilizada ao redor do mundo em diferentes países, mas ao que tudo indica, ela está com seus dias contados. Isto porque o Berec, agência regulatória europeia para meios de comunicação eletrônica, órgão similar à Anatel brasileira, aprovou uma medida que determina a proibição da prática, chamada de "zero rating".
Segundo o regulador, o "zero rating" favorece certos serviços e aplicativos, inclusive aqueles ligados à própria operadora. Isso cria um campo desigual, em que tanto os aplicativos menores têm menor visibilidade, quanto a parcela mais pobre da população fica refém de alguns poucos apps.
A determinação deverá ser seguida por todos membros do bloco econômico europeu, cujas operadoras de telefonia não poderão mais zerar a cobrança de dados de certos serviços e sites para o usuário.
No Brasil, apesar da prática ainda ser muito comum, já há conversas sobre a reformulação da atividade. As próprias operadoras já demonstraram interesse em acabar com as parcerias realizadas com os grandes aplicativos. Segundo o site Mobile Time, as empresas de telefonia não estão vendo mais a mesma vantagem em oferecer o serviço como foi feito há 10 anos atrás, na época de popularização dos smartphones.