Variante ômicron: Secretários de Saúde pedem que Ministério reconheça nova onda de covid
Em função da variante ômicron, Conass quer que Ministério da Saúde reconheça nova onda de covid
Em ofício enviado ao ministro Marcelo Queiroga, Conselho pede atenção à sobrecarga do sistema hospitalar
Variante ômicron tem potencial menos letal, mas se espalha rapidamente
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) quer que o Ministério da Saúde reconheça que o Brasil vive uma nova onda de covid-19, em decorrência da variante ômicron. Segundo informações do Estadão, uma carta foi encaminhada ao ministro Marcelo Queiroga na última quarta-feira (14).
O Conass também quer que o Ministério da Saúde estabeleça novas medidas para apoiar estados e municípios para enfrentar o aumento de casos gerando pela ômicron. A justificativa do Conselho é que, sem apoio, a rede hospitalar poderá sofrer uma sobrecarga, dado o aumento da demanda de atendimentos.
“Se o sistema hospitalar entrar em colapso, tanto na rede privada, quanto na rede pública, óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantia de acesso à internação”, explicou o Conass na carta, divulgada pelo Estadão. O documento foi assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula.
Entre as demandas do órgão, o Conass pede que o governo federal determine de forma clara o carnaval de rua, além de outras aglomerações em locais onde o acesso não possa ser controlado. Além disso, o Conselho quer que o passaporte da vacina passe a ser exigido em todas as regiões do país.
Além disso, há a demanda para o reestabelecimento de toda a rede hospitalar criada para combater a pandemia e também o monitoramento de equipamentos de proteção individual, medicamentos e kits de intubação. Apesar de a ômicron ter um potencial letal menor, o Conass avalia que o sistema de saúde pode ficar sobrecarregado, especialmente em função daqueles que ainda não estão com o esquema vacinal completo.
“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivo”, justificou o Conass.