O jardim colorido que é marca registrada do Vem Cá Minha Flor voltou com tudo nesta segunda-feira. Ao som de clássicos do axé e de músicas pop em versão carnavalesca, o bloco reuniu foliões no Centro do Rio de Janeiro. Não faltaram fantasias inusitadas e com teor político.

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O noticiário foi uma das inspirações dos foliões. Os objetos voadores que tiraram a paz dos americanos nas últimas semanas foram o ponto de partida para o engenheiro Pedro Celis, de 33 anos, montar o traje para o bloco.

- Quis brincar com o que está acontecendo agora e vim de balão espião chinês - disse Pedro às gargalhadas.

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Sozinho e vestido com um cartaz vermelho com foto do presidente Lula, o ator Carlos Tomeli, de 48 anos, chamou a atenção de quem passava por perto.

- Sou um dos pilares do "ministério do amor". Todos têm o direito de passar o Carnaval com uma Janja ao lado - brincava o artista.

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Registros de amor

O horário de início do Vem Cá Minha Flor, às 6h, foi uma das razões do casal Natália Miranda e Pedro Fonseca escolher curtir o bloco nesta segunda-feira.

- Como é cedo, conseguimos conciliar o Carnaval com o cuidado dos nossos filhos - explicou Pedro.

A fotógrafa e artista Raquel Gandra aproveitou a folia para ganhar um dinheiro extra com a venda de retratos feitos em Polaroid, impressos na hora, por R$ 15:

- É uma maneira de curtir o Carnaval e trabalhar com o que eu gosto.

Raquel acredita ter vendido entre 60 e 70 fotos nesses quatro primeiros dias de festa. Os foliões podem pagar em dinheiro ou Pix.

Para Leonardo Guidolini, um dos diretores musicais do bloco, a delicadeza das flores é a principal razão do sucesso do cortejo:

- O bloco tem uma energia leve que remete a um jardim muito florido. É como se fosse um alívio no meio do caos do Carnaval.

A organização estima que o bloco tenha reunido entre 15 mil e 20 mil foliões na manhã desta segunda-feira.

* estagiário sob supervisão de Leila Youssef