Vigilância Sanitária interrompe culto de Marco Feliciano com aglomeração
A Vigilância Sanitária interrompeu um culto do deputado federal Marco Feliciano em Morro Agudo (interior de São Paulo)
A celebração religiosa descumpriu protocolos de segurança contra o coronavírus ao provocar aglomeração
Nas redes sociais, o pastor evangélico convocou seus seguidores a "fazerem caravana" para o culto
Um culto evangélico com a participação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) foi interrompido pela Vigilância Sanitária na noite do último sábado (1º), na cidade de Morro Agudo (a 395 quilômetros da capital paulista).
A fiscalização, que também contou com a presença da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e das polícias Civil e Militar, flagrou aglomeração durante a celebração religiosa em descumprimento às regras do Plano São Paulo, instituído pelo governo estadual para conter a pandemia de coronavírus.
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A Vigilância Sanitária chegou ao local por volta das 20h, quando o culto já estava sendo realizado havia uma hora, e viu pessoas do lado de fora (a entrada da igreja estava bloqueada com fitas adesivas para limitação de público). Os fiscais orientaram o pastor responsável, Felippe Santos, que encerrasse a celebração e evacuasse o local em 20 minutos.
Um auto de infração foi lavrado contra a igreja pelo descumprimento das normas sanitárias de combate à Covid-19. Procurado pelo Yahoo!, o pastor Felippe Santos se defendeu e disse não ser responsável pela aglomeração formada durante o culto.
"A igreja é pública, só que chegou muita gente. Mandamos até algumas pessoas irem para casa, mas o povo não quis e ficou do lado de fora por conta própria. Se eu mando embora, vem processo contra mim. As leis precisam ser respeitadas, mas cada pessoa tem que ter responsabilidade", afirma o líder da Assembleia de Deus Leão de Israel.
O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) recebeu denúncias de que Marco Feliciano teria convocado fiéis pela internet para comparecerem ao evento religioso. "Venha você e sua família, faça uma caravana", disse o pastor nas redes sociais.
A Promotoria acionou a Vigilância Sanitária e a comissão da OAB de fiscalização das normas contra a Covid-19. As duas entidades chamaram o pastor Felippe Santos, e o líder religioso assinou um termo se comprometendo a cumprir as determinações públicas.
No culto, os fiéis usavam máscaras e ácool em gel, e também tiveram suas temperaturas aferidas. Entretanto, durante sua fala, Marco Feliciano dispensou o item de proteção. Em decorrência da superlotação, a Vigilância Sanitária lavrou um auto de infração contra a organização da igreja.