Vinicius Poit critica STF, prega fim da era PSDB em SP e defende privatizações
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- Vinicius Lazzer PoitEmpreendedor e político brasileiro do estado de São Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pré-candidato do partido Novo ao Governo de São Paulo, deputado federal Vinicius Poit, criticou o STF (Supremo Tribunal Federal), pregou a saída do PSDB do comando do estado e defendeu a privatização de empresas como a Sabesp durante sabatina realizada por Folha de S.Paulo e UOL, nesta quarta-feira (4).
Com uma plataforma liberal na pré-campanha ao Palácio dos Bandeirantes e um discurso em prol da retomada do diálogo na política, Poit disse discordar da postura do STF no caso que culminou com a condenação do colega de Câmara dos Deputados Daniel Silveira (PTB-RJ).
Para o representante do Novo, a perda do mandato de Silveira "de maneira alguma deve ser uma decisão do STF" e é preciso manter o equilíbrio entre os Poderes. Ele defende que a discussão cabe unicamente à Câmara.
"O STF está passando do limite no poder dele. [...] A gente tem que ser mais duro. O STF desrespeita as instituições, avança numa seara que não é a dele, onde acusa, julga e faz tudo ao mesmo tempo", afirmou, ressalvando que pessoalmente acredita que Silveira "tinha que estar fora" da Câmara dos Deputados.
"Eu não acho que ele respeita o decoro parlamentar, que ele dá o bom exemplo como político."
Poit fez reiteradas críticas à perpetuação do PSDB no governo paulista, lembrando que "o estado está há 30 anos com o mesmo partido". "A gente não vai ter resultados diferentes fazendo sempre da mesma forma", disse ele, que deve disputar a cadeira de governador pela primeira vez.
O pré-candidato reclamou da política de privatizações prometida pelo ex-governador João Doria (PSDB), considerada por ele lenta no caso de empresas como a Sabesp. "A coragem para enfrentar o tema das concessões e privatizações nunca existiu no Governo de São Paulo", afirmou.
"Tem que tirar a privatização da Sabesp do papel. É uma geradora de caixa para o mesmo partido que está no poder há 30 anos. Fica lá o governo fazendo caixa, se mantendo no poder, [e ao mesmo tempo] problemas de saneamento enormes. A gente tem que caminhar com a privatização da Sabesp o quanto antes."
Poit disse ainda que o estado "ainda tem muito problema de saneamento" e que a companhia local "poderia ser mais eficiente". "Ela serve para deixar o governo rico, e a população continua pobre e perdendo os empregos."
O deputado federal afirmou que, caso saia vitorioso em outubro, deve se espelhar em medidas adotadas pelo primeiro governador eleito por seu partido, Romeu Zema, em Minas Gerais. Uma das ações que ele deve copiar deve ser a redução do número de secretarias.
Poit reconheceu que o partido abriga integrantes simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), mas disse que "de maneira alguma o Novo é um partido bolsonarista".
"O nosso partido pode ter conflitos, [mas] aprende com eles", afirmou em outro momento, ao comentar as divisões internas sobre ser ou não oposição a Bolsonaro e também episódios de conflitos que marcaram a curta trajetória do partido.
RAIO-X
Vinicius Lazzer Poit, 36
Graduado em administração de empresas pela FGV, fez carreira no setor privado até entrar para a política. Militou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e foi aluno do RenovaBR, entidade privada que prepara candidatos. Em 2018, em sua primeira campanha eleitoral, elegeu-se deputado federal pelo Novo e foi o 12º candidato mais votado no estado, com uma plataforma que incluía combate a privilégios, defesa do liberalismo e promoção de reformas. Foi líder do partido na Câmara dos Deputados e coordenador da bancada federal paulista. Atuou como relator do Marco Legal das Startups e em outras pautas ligadas a empreendedorismo, inovação, privatização e desburocratização. É pré-candidato do Novo ao Governo de São Paulo.
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Altino Junior (PSTU) - 5/5 - 10h
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Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 6/5 - 10h
Fernando Haddad (PT) - 6/5 - 16h
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Alexandre Kalil (PSD) - 12/5 - 10h
Carlos Viana (PL) - 13/5 - 10h
Romeu Zema (Novo) não aceitou o convite
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Rodrigo Neves (PDT) 18/5 - 10h
Anthony Garotinho (União Brasil) - 18/5 - 16h
Marcelo Freixo (PSB) - 20/5 - 10h
*Cláudio Castro (PL) ainda não respondeu ao convite
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