Visa quer pagamentos com criptomoedas no Brasil já em 2021
Pagamentos com criptomoedas devem sair no Brasil ainda em 2021
Pandemia tem acelerado as mudanças no mercado de pagamentos
Cartão Visa pode converter Bitcoin para Real
A empresa de pagamentos Visa quer trazer para o Brasil, ainda em 2021, a possibilidade de transações com criptomoedas como o bitcoin. Quem afirmou isso foi o CEO da companhia, Fernando Teles, que diz também que a marca focará na tokenização e na expansão do mercado de cartão de débito para compras online.
A ideia seria o desenvolvimento de uma solução para que o detentor de criptomoedas decida que esse ativo será utilizado no seu cartão Visa, nessa hora haverá uma conversão para, por exemplo, Real e você concluirá a transação.
Para ele, a pandemia tem acelerado as mudanças no mercado. “Assim que começou o isolamento social, fomos rapidamente aos nossos clientes (emissores, credenciadores e estabelecimentos) e falamos 'olha, vai acontecer uma mudança de comportamento’”, disse Teles ao portal Seu Dinheiro.
Dentro dessa mudança na forma como os brasileiros fazem transferências e pagamentos, a Visa e sua rival Mastercard fazem parte do projeto do WhatsApp Pay, que permite transações financeiras dentro do aplicativo de mensagens mais querido dos brasileiros.
A fala de Fernando está alinhada com o que a empresa pensa fora do Brasil. No começo deste ano, na primeira teleconferência de 2021 para falar dos resultados da empresa, o CEO da Visa nos Estados Unidos, Alfred Kelly, afirmou que a companhia está "em uma posição única para ajudar a tornar as criptomoedas mais seguras".
Kelly também explicou que pretende tornar os ativos digitais "mais úteis e eficientes como meios de pagamentos". Para fazer isso, Kelly afirma que a Visa pretende dividir o mercado cripto em dois segmentos, que ele define como criptoativos e criptomoedas.
No primeiro, ficariam os ativos como o bitcoin, que o próprio CEO descreveu como "ouro digital", definindo que o segmento incluiria criptos "que são usados predominantemente como ativos de investimento e não como meio de pagamentos".